terça-feira, 15 de janeiro de 2008

História do Calçado no século XX


A partir do século XX as inovações nos calçados são cada vez maiores e mais velozes, temos a seguir uma cronologia deste século tão recheado de inovações.

No que se inicia o século XX, as mudanças passam a ocorrem em um período de tempo cada vez menor. Na década de 10 os calçados eram muito mais que uma "roupa" para os pés. Eram objetos de decoração, enfeite para uma parte do corpo que tinha uma atenção muito especial. Continua a influência vitoriana nos sapatos.

De 1900 até 1914 usava-se botinhas fechadas com cadarço, elas eram pontiagudas e as mais finas adornadas com fivelas ou laços para acompanhar os trajes elegantes.

Haviam também botinas esportivas amarradas por cordões ou abotoamento lateral.

As atrizes usavam cores escandalosas nos sapatos, saltos altíssimos, após o espetáculo elas usavam sapatos de cetim.

Vale ressaltar alguns nomes de sapateiros que se destacaram em termos de design: Perugia e Pinet.

Entre 1914 e 1929 as mulheres começam a usar sapatos de bico fino, saltos alto tipo carretel com pulseiras sobre o peito do pé, começa a moda de forrar os sapatos com o mesmo tecido das roupas.

Com a guerra as mulheres precisaram de sapatos mais práticos e confortáveis para trabalhar fora, surgem os sapatos bicolores, e é no final da década de 10 que acontece uma onda esportiva e surge o tênis.

Entre 1929 e 1945 os escarpins eram de couro ou verniz, alguns com motivos geométricos, porém as mais liberais já adotavam as sandálias, sapatos mais pesados abotinados ou de amarrar e de saltos grossos. Salvatore Ferragamo se destaca na criação de sandálias, sempre ousadas e diferentes das convencionais ele se torna sucesso absoluto.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com a chegada da depressão os sapatos eram confeccionados em feltro e outros tecidos, as sandálias eram de tiras de pano ou crochê de ráfia. Os sapatos Anabela transformaram-se em plataformas, várias alturas, em cortiça ou madeira.

O período de 1945 até 1960, surge o New Look, e com ele renasce a feminilidade e sensualidade, as mulheres voltaram a usar escarpins, para a noite eles eram forrados por tecido ou rebordados. Usavam-se também sandálias de saltos altos e finos, algumas adornadas de cetim e strass ou rebordadas.

A juventude está com Elvis Presley, e dançam acompanhados de sapatilhas, tênis e botas pretas.

Nos anos 60 e 70 a rebeldia dos jovens é refletida até mesmo nos sapatos, que surgem cada vez mais ousados, com formas e cores e texturas diferenciadas. Os movimentos hippies, punk?s, os embalos de Sábado à Noite propiciaram o surgimento de sapatos e sandálias psicodélicos, unissex, extravagância, saltos altos e grossos, plataformas, exagero total.

No final da década de 70, surgiu a onda "dance", embalando e levando toda a juventude para as discotecas. Era a moda dos "dancing days", salto alto, tirinhas e meias lurex.

Isso se arrastou até meados dos anos 80, quando, de repente... tudo mudou! O consumismo e status. Ambos ditaram a moda dos anos 80. As pessoas, realmente, queriam andar ma moda e mostrar luxo - a tendência do momento. Mesmo quem não podia, aderiu.

Nos anos 90 o exagero persistiu por algum tempo, mas foi uma década de muita criação, design, cores... mulheres que usavam sapatos de homens, e homens que usavam sapatos, sandálias de mulheres. Inovação em materiais, cores, modelos, formas, etc.

Durante a trajetória histórica do calçado, não fora constatado nenhuma citação a respeito de produtos que se diferenciassem por apresentar ergonomia adequada para pessoas de maior peso. Mas em contra partida a preocupação com o conforto chegou a ser determinante para algumas décadas.














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